Quem vier para a IV Festa da Uva de Dom Feliciano, que acontece no próximo final de semana, 14 de janeiro, no Salão Paroquial, poderá visitar o Museu da Casa de Cultura do Imigrante que foi pintado e reorganizado, além de adquirir o licor típico mietówka, muito conhecido na época da imigração polonesa. A Casa e o Departamento de Turismo, onde estão expostos os trabalhos dos artesãos e artesãs do município, ficam abertos, inclusive, sábado e domingo, das 13h às 17h.Na nova disposição do museu, foi criado um espaço em homenagem a uma das mais atuantes mulheres da história do município, Irene Tworkowski, filha de imigrantes poloneses e primeira diretora da Casa de Cultura, participando ativamente dos movimentos emancipatórios de 1958 e 1962, além de outras marcantes atividades, sendo autora do livro Dom Feliciano ? 100 anos de história.Ali, também podem ser vistas fotos, além de outras relíquias, de Francisco Waldomiro Lorenz, médium e escritor de 71 obras. Ele falava 110 idiomas, considerado esotérico ocultista, curandeiro homeopata, professor, e patrono do Esperanto. Nasceu na Boêmia, Tchecoslováquia, em 1872 e veio para Dom Feliciano em 1894. Em 1950, foi para Porto Alegre e faleceu em 1957 aos 84 anos. Teve 13 filhos, mais oito adotados. Viveu e morreu pobre, doando sua vida ao próximo. Após sua morte foi psicografado por Chico Xavier e teve livros editados.?O Museu foi criado nos 100 anos da imigração polonesa para manter viva nossa história?, diz a Diretora do Departamento de Cultura, Luciana Novinski. Também lá se encontram objetos pessoais do primeiro prefeito de Dom Feliciano, Catulino Pereira da Rosa, materiais de atendimento do primeiro médico residente no município, Darcílio de Souza Garcia, garrafas de refrigerantes de fábrica existente no município em 1940, entre inúmeras outras peças que valem a pena o conhecimento.