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Roda de Conversa aborda lutas d@s trabalhadores e trabalhadoras ruraisEm 26 de abril, antecedendo a atividade de pintura muralista, aconteceu roda de conversa com a participação do presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Ênio Maciejewski, idosos do Grupo de Terceira Idade Menino Jesus de Braga e alunos da Escola Estadual Dom Feliciano. Ênio fez um apanhado histórico do movimento sindical rural, ao longo das décadas, e pontuou algumas das lutas atuais dos agricultores e agricultoras familiares como êxodo rural, a mobilização contra a Reforma da Previdência e a favor do PRONAF – Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar.A aposentadoria para trabalhadores rurais foi estabelecida, no Brasil, em 1971. ?Na época, recebia meio salário mínimo apenas o chefe da família?, explicou. ?Quando reconheceram a mulher como trabalhadora rural, reconheceram o homem também, porque nós éramos a categoria mais discriminada pela sociedade brasileira – hoje não, graças a muita luta?.O benefício da forma como é hoje instituído, a partir da Constituição de 1988, passou a vigorar depois da regulamentação, em 1991. ?A aposentadoria rural melhorou a vida do povo – hoje o aposentado tem uma geladeira, uma vida digna?, considerou. ?Esta é uma conquista que estão querendo nos tirar, mas estamos na peleia?.Mudanças na aposentadoria ruralAs mudanças propostas pelo governo Temer são na forma e no tempo de contribuição, afetando milhares de brasileir@s que tiram o sustento da terra. Atualmente ? e de acordo com a Constituição ?, comprovada a atividade no campo por pelo menos 15 anos, o trabalhador rural pode requerer a sua aposentadoria especial, com idade mínima de 55 anos para as mulheres e 60 para os homens. Na agricultura familiar, é cobrada alíquota de 2,1% sobre a produção, o que garante a extensão da aposentadoria a toda a família. O projeto defendido pelo atual governo exige contribuição mensal e individual, aos moldes do trabalhador urbano, o que inviabiliza o acesso ao benefício para os trabalhadores e trabalhadoras da agricultura familiar. Para assalariados rurais, a proposta prevê o aumento da idade mínima em mais cinco anos, para os homens (65), e mais sete para as mulheres (62). Segundo Ênio, os rurais necessitam do regime especial de aposentadoria devido às condições de trabalho adversas, expostos às variações do clima e aos agrotóxicos. ?Nós conseguimos, por ora, com mobilização, que a Reforma da Previdência não fosse colocada em votação?, assegurou.Realização: Grupo de Terceira Idade Menino Jesus de Praga, Escola EStadual Dom Feliciano, Prefeitura – Secretaria de Cidadania, Ação e Desenvolvimento Social e Departamento de Cultura da Secretaria de Educação, Cultura e Esportes

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